segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cyberbullying: a violência virtual

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender

Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br)

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=== PARTE 1 ====
Cyberbullying. Foto: Marcelo Zocchio

Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.

Nesta reportagem, você vai entender os três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional.

- No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.

- Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem.

- A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.

Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa."

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem). A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos (leia mais na próxima página).

Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

Jovem se mata depois de ter vídeo de encontro publicado na internet.

Uma história de Cyberbullying

Bullying na Internet leva adolescente ao suicídio.

Acreditando nas falsas ofensas que lhe eram feitas continuamente através do site de comunicação My Space, a adolescente americana Megan Meier, de 13 anos, matou-se.


Segundo sua mãe, ela adorava cães, rap e garotos,  nadar, pescar, velejar, mas sua vida não tinha sido fácil. Megan tinha dificuldade de fazer amigos e era muito sensível. Certa vez, falou para a sua mãe que ela se odiava e que havia pensado em suicídio. Seu médico receitou medicamentos para depressão e déficit de atenção.
Após meses de muita insistência, a mãe de Megan concordou em pagar uma conta do site de comunicação social MySpace (70 milhões de usuários). Só sua mãe tinha a senha, uma vez que Megan ainda não tinha completado 14 anos, idade mínima exigida pelo site para adesão.
Ocorre que Megan começou a receber mensagens de um personagem fictício criado por sua vizinha e a filha. Aparentemente, esse personagem queria ter um romance com Megan, mas logo ela começou a receber mensagens que a perseguiam continuamente, chamando-a de gorda, prostituta, mentirosa e coisas piores. Megan tentou reagir. Tentou se defender. Mas um dia falou para sua mãe ao telefone: "-Mamãe, eles estão sendo horríveis comigo." Depois de uma hora, Megan foi para o seu quarto e enforcou-se com um cinto. Sua mãe disse depois: "-De repente ela sentiu que não havia saída."
A vizinha Lori Drew confessou que ela e sua filha haviam criado um personagem fictício no My Space, que fingia ter interesse romântico em Megam, que acreditou. E foi aí que começou e terminou o seu inferno.
O New York Times de 16/12/2007 relata este caso e outros, alertando para o perigo do cyber bullying. Adolescentes com baixa auto-estima, muito sensíveis e infantis são as principais vítimas das mentiras colocadas nos telefones celulares, ou nos computadores. Alguns adolescentes podem acreditar que tudo que dizem é verdade e a tentação de acessar é enorme. Como disse Jake Dobson, de 12 anos: "Uma vez no My Space, você caiu em uma armadilha." Controlar a web é quase impossível e adolescentes mais suscetíveis podem chegar ao suicídio, como Megan.

O site My Space Brasil fornece, em suas páginas de Ajuda a seguinte informação:
Alguém no MySpace está me perturbando/assediando/ameaçando - o que posso fazer a respeito disso?
O melhor a fazer se e quando você se encontrar nessa situação é simples ignorá-los... 99,9% do tempo eles o deixarão em paz. Lembre-se, você sempre pode remover a pessoa da sua Lista de Amigos (em seguida, eles não poderão mais adicionar Comentários à sua página de Perfil), excluir os Comentários que deixaram em sua página de Perfil, e você pode inclusive excluir as mensagens que eles lhe enviam através do sistema de Correio do MySpace sem abri-las. Se você NÃO responder ao usuário ofensor (ou seja, NÃO lhe der atenção, NÃO deixá-lo lhe pregar uma peça), a maioria deles simplesmente irá embora.
Você também pode visualizar o perfil dele e clicar em "Bloquear Usuário", o que evitará que ele entre em contato com você. Pessoas inconvenientes ficam entediadas muito rapidamente quando você não permite que eles lhe perturbem. Se alguém ameaçá-lo, entre em contato imediatamente com um representante da lei.
Se você se sentir ameaçado, leia também as nossas dicas de segurança.
Caso eles tenham criado um perfil maldoso sobre você ou alguém que você conhece, entre em contato com o Serviço ao Cliente (e certifique-se de incluir o link para o perfil!).



 

Bullying pela Internet: Dicas para evitar e combater o bullying virtual.

O bullying na Internet e também através de celulares, também chamado de cyberbullying, ou bullying virtual, é bem mais difícil de combater que o Bullying na escola. Isso porque, muitas vezes, é difícil chegar até aos agressores que se “escondem” atrás dos computadores na “segurança” de seus lares.



Em alguns casos os agressores não se dão conta do mal que estão fazendo as vítimas, pois acham que “aquela brincadeira” de humilhar e ridicularizar é inofensiva. Piadas, difamações, provocações podem até destruir a vida de uma pessoa. Não é incomum as vítimas pensarem em suicídio, e até chegar as vias de fato.
As principais vítimas são as que já têm baixa auto-estima, que por parecerem mais frágeis são perseguidos por seus agressores, que acham que não haverá revide.
A também o lado de que na Net a “notícia” se espalha mais rápido, e uma “simples” foto ou vídeo é passada de uma pessoa para outra como uma brincadeira, que além de maldosa, é muito maléfica para a vítima.
Os maios mais comuns usados na Web para disseminação do bully são comunidades, fotologs e o YouTube. Felizmente há como chegar as pessoas que iniciaram o cyberbullying, e com isso processá-los por calúnia e difamação. Inclusive os que propagaram a informação também podem ter que responder a Lei.
Para evitar o problema o melhor remédio é a prevenção. Veja como fazer para evitar o bullying virtual.
Dicas para evitar e combater o bullying pela Internet:
• Evite postar fotos e vídeos que possam ser usadas contra você ou seus amigos;
• Não revidar as provocações (isso pode desencadear mais);
• Recorrer aos pais;
• Se tiver ligação com a escola, procurar a direção da escola;
• Se for através de redes sociais, denunciar ao próprio sistema;
• Se for através de outro tipo de site, solicitar que retire tudo que diz respeito ao problema, fotos, vídeos, textos etc;
• A família deve ficar atenta a mudanças de comportamento e ter diálogo aberto com os filhos;
• Os pais dos agressores devem ser também comunicados do problema;
• Acionar um advogado para que se faça uma “limpa” na Internet e acione judicialmente os infratores;

Fonte: http://comofazerdicas.com.br/auto-ajuda/bullying-pela-internet-dicas-para-evitar-e-combater-o-bullying-virtual/

Crianças mal comportadas acabam sofrendo bullying na internet - CBN

Crianças mal comportadas acabam sofrendo bullying na internet - CBN

Criança Mais Segura na Internet.


Vídeo educacional do Movimento Criança Mais Segura na Internet.

http://www.criancamaissegura.com.br/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O que são Direitos Autorais?

São direitos morais e patrimoniais que todo autor de uma obra intelectual possui sobre sua criação. Os direitos patrimoniais são aqueles que compreendem, principalmente, a exploração econômica da obra podendo ser transferidos para terceiros inclusive, já os morais do autor sobre sua criação - em nosso caso músicas - são direitos intransferíveis, dessa forma mesmo que a obra esteja sendo explorada economicamente por uma terceira pessoa a autoria continuará sendo atribuída àquela pessoa que originalmente criou a obra tutelada. Esses direitos foram internacionalmente consolidados na convenção de Berna de 1887, em vigência até os dias de hoje.

Mas será que os compositores estão realmente tendo o poderio de suas obras?

Na nossa visão não.Com o boom da internet, e das mais variadas e possíveis maneiras de divulgação gratuita fica impossível o controle de suas obras serem baixadas e executadas. “caiu na rede é peixe”!!!Até aí, a título de divulgação pode ser até muito bom, mas quando bandas começam a colocar no repertório e tocar em festas para um grande público, começa o problema. Aí é que entra o ECAD(Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fiscalizar essa situação.

Outro problema difícil de se resolver, é uma banda que grava seu show ao vivo com músicas de outras bandas, divulga, e para o público que escuta esse cd pela primeira vez acha que tais músicas são realmente dessa banda, quando é uma inverdade.Daí começa o rolo...Hoje no segmento de forró isso acontece demais.Todo mundo toca música de todo mundo e no final o público não sabe de quem realmente é tal música.

Achamos que o compartilhamento de informações em nossos dias é necessário e importante, contudo respeitando os seus idealizadores.